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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Campanha Unificada dos Servidores Públicos Federais: Após ato , servidores são recebidos no Planejamento e prometem 'lutar na Copa'



A pauta de reivindicações do conjunto do funcionalismo deve ser respondida até o carnaval. Essa foi a garantia dada pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça, e pelo chefe de gabinete da secretaria executiva da pasta, André Ducar, na tarde de quarta-feira (5), na reunião que eles tiveram com as entidades representativas de servidores.

 

A reunião foi o resultado do primeiro ato nacional do conjunto do funcionalismo, que se concentrou desde o início da manhã em frente ao ministério, no bloco K da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os representantes do governo ainda disseram que tentariam articular uma audiência com a ministra da pasta, Mirian Belchior. Sentar frente a frente com uma das ‘chefes’ do cofre era a intenção dos servidores já neste ato, e foi repetida em diversas falas no caminhão de som e em palavras de ordem que foram cantadas ao longo das quase cinco horas de manifestação. “Este ato foi resultado de um esforço das várias entidades nacionais de trazer um recado e uma cobrança à presidente Dilma: é preciso negociar! Se não o fizer, vai jogar querosene em uma categoria que está em ponto de ebulição”, avaliou Adilson Rodrigues, diretor da Federação Nacional dos Servidores do Ministério Público e Poder Judiciário (Fenajufe) e do Sintrajud/SP.

Representando a Fenajufe, uma das 13 entidades nacionais que integraram a comissão que foi negociar, Adilson disse que foi pedida a audiência com a ministra e criticou o fato de os representantes do governo na reunião “não terem poder de deliberação”. Ele relatou que foi dado um alerta ao governo para que “não demore em abrir negociação direta com os federais, para não ser surpreendido com grandes manifestações”.

‘Da Copa eu abro mão’

“Da Copa eu abro mão, quero dinheiro para saúde e educação”. Essa foi uma das palavras de ordem mais cantadas ao longo do ato. Também esteve presente em faixas de diferentes segmentos do funcionalismo, que exigiam “serviços públicos padrão Fifa”. O grande mote desta campanha salarial é justamente a crítica aos gastos com a construção de estádios enquanto a população enfrenta o caos pela precariedade de serviços públicos.

Durante as falas no carro de som, representantes das entidades nacionais afirmaram: “Vai haver luta na Copa”. Saulo Arcangeli, da direção da Fenajufe, lembrou que em 2012 o governo também não queria negociar com o funcionalismo, cuja mobilização começou com um ato semelhante ao que ocorreu nesta quarta. “Terminamos [aquele] ano com uma grande greve do funcionalismo e Dilma teve que recuar. Este ano não vai ser diferente, e a gente vai fazer luta na Copa”.

“Foi só o começo”

Servidores do Judiciário Federal, presentes no ato, avaliaram que ter conseguido uma reunião com representantes do governo foi positivo, mas será preciso mais mobilização para que as reivindicações sejam atendidas. “Foi um bom início, teve uma boa participação e conseguimos uma primeira reunião. Na outra campanha, tivemos que fazer algumas marchas para sermos recebidos [pelo governo]. Essa falta de compromisso [do Executivo] demonstra a necessidade de intensificar a luta, até por que, as respostas [dadas na reunião] foram evasivas”, avaliou Inês Leal de Castro, diretora da Fenajufe e do Sintrajud. Opinião semelhante tem Tarcísio Ferreira. Para ele foi um passo importante para instalar uma mesa de negociação com representantes das categorias. “Esperamos conseguir desdobrar isso ao longo dos próximos meses”, disse.

Negociação só depois de pressão

Em meio a palavras de ordem e as faixas exigindo respeito à data-base, política salarial permanente e paridade entre aposentados e ativos, os servidores tiveram que se aglomerar em frente à entrada do MPOG para conseguir a reunião. Eles exigiam ser recebidos pela ministra Mirian Belchior. Denunciaram, em vários momentos, que os representantes da Fifa são recebidos diariamente pelo ministério. Faltavam dez minutos para o meio dia, quando uma orientação veio do carro de som: “Se o ministério não receber as entidades, vamos todos nos concentrar em frente à entrada do prédio”, o que praticamente fecharia a porta principal do ministério. Depois que isso aconteceu, veio a confirmação de que as entidades nacionais seriam recebidas. 
 
LutaFenajufe Notícias
Por Caê Batista, enviado a Brasília

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